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Emater-MG propõe o uso de sementes crioulas de milho no Norte de Minas, em curso de agrobiodiversidade
26
Mar

Emater-MG propõe o uso de sementes crioulas de milho no Norte de Minas, em curso de agrobiodiversidade

Terminou nesta quinta-feira, no sítio do Centro de Agricultura Alternativa, em Montes Claros, Norte de Minas, o segundo e último módulo do Curso de Agrobiodiversidade da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG). O curso, com foco na produção e avaliação de milhos crioulos para o Semiárido, teve por objetivo capacitar 25 extensionistas da empresa e técnicos de outras instituições, como a Epamig e Fundação Caio Martins, entre outras.

Segundo o coordenador técnico estadual de Agroecologia da Emater-MG, o engenheiro agrônomo, Fernando Tinoco, a capacitação fez parte de um estudo de diversas variedades de sementes crioulas, iniciado com o plantio das espécies, entre outubro e novembro do ano passado. “São técnicos selecionados, que têm potencial de estarem introduzindo o cultivo desses milhos na agricultura familiar local”, explicou. De acordo o agrônomo, o milho crioulo é por natureza mais adaptado às condições de estresse hídrico e solos da região.

A experiência, ainda conforme o coordenador da Emater-MG, teve como proposta despertar a agroecologia nas comunidades rurais atendidas pelos extensionistas da empresa e das instituições treinadas, para uma tecnologia adequada à região. “Estamos fazendo esse levantamento e vendo as possibilidades com foco diversificado, regional e local. Agora os técnicos vão voltar para as suas comunidades e planejar junto com os agricultores, caso haja interesse deles. Agroecologia é a participação de todos no processo”, explicou.

São sementes crioulas aquelas que não foram apropriadas pela indústria. Outra definição é que são variedades tradicionais que passam de geração em geração pelas mãos dos agricultores. Para Fernando Tinoco, são cultivadas por produtores de agricultura familiar mais tradicionais, a exemplo de quilombolas e indígenas, não tendo mutações genéticas. As que foram colhidas no dia de hoje, em Montes Claros, foram sementes cedidas pela Embrapa. Elas foram pesadas, avaliadas e agora serão destinadas ao plantio pelos técnicos em seus respectivos municípios, em unidades demonstrativas de produção e multiplicação.

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