Epamig discute avanços do controle biológico de pragas em seminário internacional
A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), vinculada à Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), estará presente no Seminário Internacional para lançamento do Projeto Biomas Tropicais com o tema "Desafios da ciência em um novo pacto global do alimento". O evento, on-line e gratuito, ocorrerá nos dias 15 e 16 de junho com debates de soluções para impulsionar a produção de alimentos no Brasil sem a necessidade de desmatamentos, além de formas viáveis de transformar a Amazônia no maior celeiro global de produtos naturais sem prejuízos à floresta.
Para participar, os interessados deverão acessar o site do evento neste link. Na página inicial, o usuário deverá clicar em "sala de transmissão" para ter acesso às palestras e discussões ao vivo.
Organizado pelo Instituto Fórum do Futuro, o Seminário vai reunir algumas das maiores autoridades brasileiras e internacionais em ciências relacionadas à bioeconomia tropical. Além disso, o evento corresponde aos anseios do projeto Biomas Tropicais. Um dos objetivos do projeto é identificar os limites sustentáveis de uso dos recursos naturais brasileiros.
A Epamig estará presente no segundo dia de Seminário (16), a partir das 8h. No painel "Os avanços do controle biológico de pragas", a pesquisadora da empresa, Madelaine Venzon, juntamente ao professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Angelo Pallini, e do professor da Universidade de Edimburgo, Steven Spoel, vão discutir os modos de avanço da Ciência Tropical na área de controle biológico.
De acordo com Madelaine Venzon, é urgente a necessidade de ampliar a sustentabilidade dos sistemas de produção agrícola, por meio da viabilização e da intensificação do uso do controle biológico integrado às outras técnicas agrícolas. Para ela, esse é um cenário de oportunidades para o Brasil, uma vez que possui uma das maiores biodiversidades do mundo.
"Nós já avançamos muito nos últimos anos, especialmente no controle biológico aumentativo. É um mercado que cresce no país entre 15% e 20% ao ano. Já existem disponíveis no mercado brasileiro cerca de 170 produtos comerciais registrados no Ministério da Agricultura como biopesticidas. Sem contar que algumas culturas já possuem um amplo portfólio de biopesticidas para o controle de várias pragas, como a soja, o milho e a cana-de açúcar", destaca a pesquisadora da Epamig.
A pesquisadora Madelaine Venzon enfatiza que é preciso investir em leis e políticas públicas capazes de favorecer o controle biológico, conservativo e aumentativo, condição sem a qual não é possível alcançar os objetivos de desenvolvimento sustentável.
A moderação do painel com participação da Epamig será feita pelo presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Evaldo Vilela, que também é Coordenador Científico do Fórum do Futuro. Segundo ele, o seminário apresentará a possibilidade de integração da visão entre cientistas, empresas, produtores e sociedade.
Para Evaldo Vilela, a participação dos jovens no seminário é muito importante. "Trata-se de um evento para favorecer de maneira excepcional o diálogo com os jovens e a sua mobilização. Somente com os jovens à bordo poderemos superar os obstáculos portentosos que temos pela frente", conclui.
O núcleo central do seminário internacional "Desafios da ciência em um novo pacto global do alimento" conta com a parceria de instituições como o CNPq, Embrapa, Universidade de São Paulo (ESALQ), universidades federais de Lavras e Viçosa, Centro de Gestão de Estudos estratégicos, Sebrae e a FGV-Agro, além de inúmeras instituições regionais em cada um dos biomas estudados.
Ascom/Epamig
Foto: Diulgação/Epamig